segunda-feira, 17 de março de 2014

Vivendo e... aprendendo??

Hoje são 26 de janeiro de 2014, já tenho 28 anos completados no último dia 22. Finalmente consegui um trabalho, de engenheiro de manutenção, considero essa uma das minhas maiores conquistas atuais e estou feliz com isso.

Não é exatamente como eu tinha planejado. Estou em um lugar longe, muito longe de casa, e não apenas muito longe, também é muito isolado, são 6 horas até a cidade mais próxima, de onde eu posso pegar um avião de meia hora para casa.

Não estou só, tenho um “companheiro de casa”, estamos morando em uma casa fornecida pela empresa de forma temporária. Depois de passarmos pelo período de experiencia receberemos, então, nossa casa definitiva mediante pagamento de aluguel. Ele é técnico, tem 33 anos e também está no seu primeiro emprego.

A companhia dele tem sido boa nos últimos dias. Ele é praticamente o tipo de cara que eu gostaria de ser. Engraçado mais que o suficiente para atrair a atenção de todas as garotas, mesmo não sendo lá essa coisas com relação a sua aparência física. Estava me sentindo muito bem com a presença dele, pois junto com minha bagagem também trouxe minha meta se perder a timidez com as mulheres, e durante praticamente duas semanas eu ainda não havia pego ninguém, e ele também não. Até já tínhamos levado alguns foras e isso fazia com que eu me sentisse em pé de igualdade com ele.

Mas nesse fds, finalmente saímos do empate, eu perdi é claro! Por um breve momento acho que eu até cheguei a disputar a mesma garota com ele, achando que meu cargo de engenharia podia valer de alguma coisa...

Na última sexta, eu e meu “amigo”, saímos da empresa direto para um bar próximo de casa. Tomamos duas cervejas, batemos um papo e descobri que no dia anterior ele e a tal garota que estávamos disputando, haviam trocado algumas (talvez várias) sms's e que nessa noite ela levaria um pudim para a gente. No meio da segunda cerveja tomei coragem para ligar para a tal garota... O meu papo com ela não rendeu muito, já o dele sim, e ainda no meu celular... Percebi que não havia mais nada a ser feito, meu papo realmente não tinha sido legal, então, quando cheguei em casa, por volta das 20:00, fui direto para meu quarto, mesmo sem sono algum. Momentos depois percebi que ela havia chego para entregar o pudim e que eles estavam em uma conversa em tom amistoso.

O sentimento de derrota é algo que realmente e deixa pra baixo, tive vontade de me acabar em lágrimas, mas resisti. Decidi que não iria chorar ali. Comecei a ler um livro e então a ligação de um amigo de faculdade me ajudou a esquecer a situação um pouco, falamos por um longo momento sobre nossas infelizes vidas sexuais, se é que dá pra dizer que temos alguma.

Já no sábado a noite, eu, ele e ela saímos para conhecer um clube local, onde ela é diretora, e ela nos mostraria as instalações. Mas foi durante esse passeio que as coisas realmente começaram a piorar, pois, junto com o xaveco dele pra cima dela, começaram também as piadinha para o meu lado, não que eu ache que isso faça dele um mal caráter, ou uma pessoa detestável, pois não faz, isso é realmente normal nos garotos/homens, eu apenas ainda não sei como lhe dar com isso. Realmente perdi o chão.

Conhecemos o clube, que nem tinha nada de mais, e voltamos para casa, junto com ela. Entramos, sentamos no sofá e ligamos a televisão. Estava passando Jornal, decidi que eu não tinha que acabar com a minha noite só pra melhora a deles. Péssima ideia,  durante o papo entre os dois, surgiu mais uma piadinha pro meu lado, mas como eu estava realmente prestando atenção para o jornal, não entendi o que se passava, e então os dois trocaram olhares do tipo que diz “coitado!! não passa de um retardado”. O jornal finalmente acabou e começou a novela, coisa que eu realmente não assisto, e como eu estava sobrando, e segurar vela não ia melhorar minha noite, novamente me tranquei no quarto bem ates no que queria, sem um pingo de sono. Resolvi ligar para casa (ridículo) e falar com minha mãe para saber como estavam as coisa e contar sobre meu dia de trabalho. Em seguida assisti a um dos filmes que eu havia baixado antes de vir para esse fim de mundo. O filme terminou e resolvi assistir outro, no meio do qual comecei a cochilar. Como o filme não era muito interessante resolvi desligar o note e ir beber um pouco d'água, checando antes como estava a situação na sala. Estava vazia, fui até a cozinha e tomei minha água e lembrei que não tinha jantado ainda. Fiz um nescal e fui até a sala, lá avistei o celular dele e o chaveiro dela, provavelmente esquecidos pela pressa de chegar ao quarto. Voltei ao meu quarto e achei que seria bom ler a bíblia. Realmente me senti melhor depois que terminei de ler o Salmo 22. Deitei e tentei adormecer, mas o sono havia desaparecido, inevitavelmente comecei apensar sobre tudo.

Não gostei de ter chego a conclusão de que, apenas refletindo, eu consegui chegar a conclusões que a maioria somente chega após uma vida cometendo erros e de valorização das coisas erradas, pois percebi que somente quando eu tiver uns 60 anos é que eu vou poder me sentir igual aos da minha idade. Deveria me sentir privilegiado por isso, mas me considero uma aberração. Então desabei e cai em prantos.

Depois de rios de lágrimas lembrei que tinha decidido não chorar e ser forte, tentei parar sem sucesso e me odiei ainda mais por isso. Apenas duas semanas depois de chegar, eu já havia fracassado.

Hoje é domingo, tive um dia normal, minha relação com meu colega de casa aparenta ter mudado um pouco, nada de muitas piadas hoje, e muito momentos de silencio.

Em fim nada de novo.

Como diz a música, eu conheço o começo, reconheço meu fim! Já estou preparado para recontinuar.

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