domingo, 27 de novembro de 2011

Resultados

Ontem eu sai, fui ao cinema com uma garota por quem eu tinha uma certa quedinha já faz algum tempo, e semana passada, durante uma conversar no MSN, tive coragem de convidá-la para sair, e ela aceitou!!

Passei a semana toda pensando nisso, imaginando como seria, por muitas vezes pensei em desistir, pois ainda não fazia menor ideia de como eu ia fazer para me declarar. Todas as coisas que passavam pela minha cabeça pareciam totalmente "fail". Comecei a sentir a formação de mais uma cena de total fracasso.

Encontrei com ela duas vezes no decorrer da semana, dois encontros casoais totalmente toscos, que fizeram o desanimo aflorar ainda mais.

Mas em fim, o dia marcado chegou, sábado. Pela manhã procurei não me incomodar muito com o encontro e não pensar nisso. Acho que foi uma boa ideia. Levantei e fui para a universidade dar uma estudada para fazer um trabalho, e por volta das 11:00 lembrei que ela tinha pedido para confirma por telefone antes. Então, pensei um pouco.

O momento de desistir, e evitar mais uma sena frustante na memória, era aquele, mas em um impulso, liguei. Numa conversa bem rápida (não chegou a 5 min) e num tom meio formal, o encontro foi confirmado. Me arrependi logo em seguida, devia ter cancelado.

Terminei de estudar e voltei para casa, almocei e deitei um pouco para descansar. Às 14:15 levantei, tínhamos marcado as 15:00 em uma parada próximo de casa. Separei a melhor roupa, tomei aquele banho, dei aquela escovada no dente e caprichei no desodorante e perfume. Durante o momento em que eu me vestia, me lembrei de uma das ideias que eu tive de como falar com ela, não era lá essas coisas, mas era a menos pior que tinha. Repassei a frase várias vezes na mente para não esquecer. Quando deu 14:50 recebi uma mensagem, era ela dizendo que já estava na parada. Fiquei até assustado, geralmente a mulher que se atrasa, e no caso, ela tava até adiantada. Fiquei sem sabe o que pensar com relação ao significado disso, então deixei de lado.

Sai de casa e fui andando rumo a parada onde nos encontraríamos. Ao dobrar a última esquina e enxergar o ponto de ônibus, a tradicional tremedeira nas pernas se fez presente, "pronto, o primeiro sinal do fracasso" pensei. Respirei funco e me obriguei a seguir. Ao me aproximar notei que ela me viu, mas fingiu que não. Nos cumprimentamos e falamos de algo que eu não lembro o quê. Durante a viagem de ônibus a conversa foi bem normal, com assuntos típicos de amigos.

Chegamos ao shopping e fomos direto ao cinema, a cessão pretendida era a das 17:00, mas a mais próxima era a das 16:15, me ofereci para pagar o ingresso dela, e ela não disse nada e então eu paguei. O filme, "Amanhecer - Parte 1". Foi até bom, e o fato de eu não ter visto nenhum da saga, rendeu algum assunto para conversarmos durante o filme, pois ela sabia de todos de cor e salteado.

Depois do filme, convidei ela para um lanche, e comecei a ficar preocupado, pois meu plano era me declarar antes do filme, e o encontro já estava no fim e a oportunidade ainda nau tinha aparecido. Lanchamos, e nada.

Então quando já estávamos indo embora, joguei o papo, num instinto de "ou vai ou racha". Foi com muito esforço, porém não fiquei nervoso, e comecei a fazer pitar o clima, já que ele não estava se pintado por vontade própria.

E o resultado de todo esse esforço, ela deu uma resposta que soou como uma balde de água fria na minha animação...

Então cheguei em casa...

Super feliz da vida!!!!

Afinal tinha sido o meu primeiro fora. Pela primeira vez na vida eu não gaguejei, não suei frio e não fracassei naquilo que eu queria fazer. Afinal eu fui lá para dar em cima dela, e consegui.

Ainda não alcancei meu objetivo, mas pela primeira vez, sinto que estou chegando lá.

sábado, 19 de novembro de 2011

Doses de timidez


Levado pelo vento


Por mais que eu saiba que isso me faz mal, e que eu viveria bem melhor sem isso, não consigo me afastar do meu tormento. A noite fica tudo ainda mais confuso, como em uma overdose, eu entro em um estado de torpor, desesperado, querendo gritar e sair correndo até que toda a minha energia se esvaeça e eu caia no chão desmaiado e em paz por todos os minutos em que o sono durar. Sem ter como me livrar ou segurar esse turbilhão de sentimentos, transformo tudo em lagrimas, que jorram dando a impressão de que nunca mais iram acabar, mas que felizmente acabam, e têm o mesmo efeito de um dia inteiro de desesperada corrida. Exaustamente tomado por um reconfortante cansaço, em fim adormeço.

Abro os olhos e olho para o teto do meu quarto, "mais um dia, saco...". A frustração de acordar e eu ainda ser eu, me tira todo a ânimo. Mais alguns minutos de reflexão, e consigo arranjar algum fio de esperança e desfaçar alguma alto estima para levantar da cama, afinal já consegui me livrar uma vez e... acho que posso fazer de novo. Mas sempre que surge uma oportunidade, e eu tento fazer algo pra mudar minha condição, as mãos soam, as pernas ficam bambas, a vos fica trêmula e me faltam forças e, como em uma crise de abstinência, eu sedo.

A cada nova frustração, por não conseguir aquilo que parece tão simples a todos, o velho remorso aumenta e deixa um fardo insuportável para ser carregado até o fim do dia, quando novamente as doses acumuladas resultam na deplorável cena que descrevi no início.


Desespero


Isso parece um vício que me consome e que quanto mais se alimenta mais forte fica. Já faço terapia, já conversei com pessoas sobre isso. Nada da certo, e de tando dar voltas, sem encontrar a cura, acho que entrei em parafuso, cheguei ao fundo do poço, tal vez eu não afunde mais. Mas tenho medo que comecem a jogar terra.

Timidez é uma droga...

domingo, 13 de novembro de 2011

Toda noite


Cai a noite
Capital Inicial

Cai a noite na cidade
Vinda de lugar nenhum
E o dia vai embora
Indo pra lugar algum...

Não sentia fome
Não sentia frio
Sentado num canto
De um quarto vazio...

Quando a chuva cai
Nas noites mais solitárias
Lembre-se que sempre...

Sombras e pensamentos
De um sonho só esperança
Nas paredes ecoavam
O silêncio e a lembrança...

Entre ruas desertas
Ele está só de passagem
Na vertigem e tontura
Surgiam todo tipo de imagem...

Quando a chuva cai
Nas noites mais solitárias
Lembre-se que sempre
Estarei aqui

Quando a chuva cai
Nas noites mais solitárias
Lembre-se que sempre...
(...)

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Derrotas

Preciso urgentemente reassumir o controle. Parece que minha vida tem andado sem rumo ultimamente, porque não consigo dizer se tenho um objetivo a seguir. A única coisa que sei, é que gostaria de me ver livre disso tudo. Mas algumas coisas já mudaram drasticamente na minha vida, não tenho mais o excesso de tempo livre pra pensar em besterias como antes. Amadureci e ganhei um pouco mais de responsabilidade, porém não o suficiente. Não tenho conseguido cumprir minhas obrigações, e planejar as coisas não tem sido um bom caminho, pois nem tudo sai conforme o que planejamos e, ao tentar reorganizar minhas atividades, acabo esquecendo o que eu realmente deveria ter feito.


A verdade é que eu não consigo me preocupar de fato com as coisas, pois mesmo quanto tudo está indo mal, eu ajo como se tudo estivesse bem... mas de acordo com uma frase que eu vi em um filme, "a derrota depende do ponto de vista" (Star Trek). Então eu posso não ter tido sucesso nas minhas ultimas lutas, mas ainda continuo na batalha.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Uma vida...

Um lugar distante quilômetros e quilômetros de tudo. Onde houvesse montanhas, um riacho de águas limpas e uma imponente floresta onde a vida explode por todos os cantos. Tudo isso cercando uma pequena área descampada onde se localiza uma humilde casinha de madeira que contém apenas tudo aquilo que é indispensável: uma cama simples, um fogão a lenha, panelas velhas, uma cadeira de balaço, uma instante onde se pode colocar alguns livros e fotos de entes queridos, e mais uma rede em uma pequena varanda, onde se pode deitar e pensar em nada, ou ler algo que valha a pena, ou descansar depois de um dia colhendo frutos em algum arbusto logo ali perto, checar armadilhas para ver se algum animal foi conseguido ou ter caminhado para admirar a magnifica beleza do lugar, onde todos os dias se pode encontrar um pequeno detalhe de enche a sua vida de alegria, mas que antes não pode ser visto devido a outro minusculo detalhe do paraíso que, no dia anterior, lhe roubou a atenção.

Há tempos atrás assisti uma reportagem sobre uma velha senhora que morava nesse lugar que acabei de descrever. Ela era viúva, o marido há tempos atrás havia morrido e ela decidira ficar ali mesmo. Pelo rosto dela podia se perceber que nesse lugar não havia cobranças, não havia correrias, não havia satisfações a serem dadas, não havia aparências a serem escondidas ou exibidas. Existia apenas a expressão serena da quela senhora que, talvez não aparentasse felicidade, mas sim muita satisfação em morar ali.






Sempre que estou triste (por mais um dia de tentativas frustradas), deitado no escuro do meu quarto, eu me imagino nesse lugar. Me sinto bem por alguns breves instantes, e sei que eu também poderia viver tranquilamente em um lugar desses, viver muito melhor do que eu vivo agora.

Mas eu não asseito isso, não é isso que eu quero, não é pra isso que luto todos os dias. E eu definitivamente não terei uma vida como a dessa senhora.